terça-feira, 23 de novembro de 2010

uma tarde de sol em uma semana qualquer.

Somos aquilo que verdadeiramente queremos ser. Todos precisamos mergulhar profundamente dentro de nosso ser interior em busca de quem realmente somos. Kant, quando fala: duas coisas são apenas me garantidas, o céu estrelado sobre mim e a lei moral dentro de mim, nos faz refletir sobre realmente o que é a realidade e quem somos e qual o nosso papel dentro dela. Ao fechar os olhos experimentamos sentimentos únicos e pessoais. Quem realmente pode perscrutar o que é real dentro de nós ou o que não é? Russo dizia: digam o que disserem o mal do século é a solidão e cada um de nós imerso em sua própria arrogância esperando um pouco de atenção... estaríamos nós condenados à nós mesmos?
Sempre que me olho no espelho vejo uma pessoa diferente da vez anterior que olhei. No entanto, acredito que podemos transcender tudo isso, acredito que Kant tinha razão, que é preciso olhar para cima e olhar para dentro. Tudo isso me leva a refletir sobre realmente o que é importante na vida e o que realmente seria a "feliz-cidade". É algo externo ou algo interno?
São plenas certezas que me dizem que tudo que é sólido se desmancha no ar. Que Heráclito tinha razão ao falar que tudo é movimento "panta hei", que não se pode entrar duas vezes no mesmo rio, porque o movimento é constante e as águas mudam. Assim também devemos ser. Não poderia deixar de falar em Nietzsche quando profetiza acerca de nossa condição volátil, herguer e derrubar altares de acorco com nossas conveniências. É a retrato do homem pós-moderno.
Deixo aqui minha súplica e meu protesto: precisamos viver nossa liberdade, precisamos amar intensamente as pessoas, precisamos sonhar cada dia mais. Desejo a todos muitas paz e uma saborosa taça de vinho tinto seco!

Um comentário:

  1. Uma música do Humberto Gessinger fala:
    "A vida imita o vídeo
    Garotos inventam um novo inglês
    Vivendo num país sedento
    Um momento de embriaguez"

    "Somos quem podemos ser
    Sonhos que podemos ter"

    E Gilberto Freyre diz tudo nessa citação
    "Se me perguntarem quem sou, direi que não sei classificar-me. Não sei definir-me. Sei que sou um eu muito consciente de si próprio. Mas esse eu não é um só. Esse eu é um conjunto de eus. Uns que se harmonizam, outros que se contradizem. Por exemplo, eu sou, numas coisas, muito conservador e, noutras, muito revolucionário.
    (Gilberto Freyre)

    Nossa vida vai ser sempre em busca do nosso verdadeiro eu, uma hora vai aparecer o "eu" que vc quer as pessoas pensem de você, e aquele "eu" que vc realmente quer ser. Só nos resta viver cada papel dos nossos "eus" no momento certo. Boa tarde. Bjo

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