quarta-feira, 5 de junho de 2013

Por uma escola que eduque: uma discussão entre prática pedagógica e realidade social.





            Mais que nunca podemos afirmar que a escola é o lugar por excelência das competências educacionais. Não só um lugar para se “repetir” conhecimento, lugar para transmissão de dados ela precisa ser o lugar da práxis social, ou seja, ela deve ser uma agente transformadora da realidade onde ela está inserida. Isso significa dizer que não se pode pensar uma escola hoje dissociada de sua realidade social, fora de sua comunidade.
            Muito embora tenhamos politicas públicas federais direcionadas e orientadas para determinadas finalidades, as mesmas – aqui me refiro especificamente ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) - como sendo um mecanismo de redistribuição de recursos vinculados à educação no país, que é um plano maior de uma realidade diversificada de acordo com cada realidade regional. Isso significa que, independente de recursos ou números não dá para imaginar uma educação sem pensar as diferenças de cada localidade, a comunidade no entorno da escola.
            Daí a necessidade de cada escola ter seu Projeto Político Pedagógico (PPP), como sendo um recurso mediador entre escola e “comunidade escolar”. Ele é responsável por apresentar o perfil da realidade escolar e planejar as ações dentro e fora da escola. Ignorar isso é não ter compromisso com a educação e principalmente com o aluno enquanto pessoa humana. Isso é simplesmente instrumentalizar um processo que é por natureza, dinâmico.
            Tomando como instrumento de análise a educação pública, podemos afirmar que, desde 2007, com o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), foi se colocado instrumentos eficazes para avaliação e de implementação de politicas de melhorias na educação, sobretudo na educação básica que é o inicio de todo processo. Esse mesmo programa cria uma estratégia que é o Plano de Metas que busca melhorar os índices da educação. A partir disso os municípios aderem a um Plano de Ações Articuladas (PAR) que tem como principio a transparência nos dados da educação de cada município para que todos possam ter acesso e acompanhar como cada um planeja e executa suas ações.
             Mesmo com dificuldades e aqueles que não creem que a educação pode mudar o mundo acreditamos que, com esses mecanismos teóricos podemos construir uma prática diferente e de resultados. Uma educação que veja o homem em sua totalidade e não apenas como uma “peça de engrenagem”, ou mesmo um “simples sujeito histórico”. A sociedade mudará quando cada um tiver ciência do seu papel concreto, ai passaremos de utopias a uma realidade onde homens e mulheres de boa vontade sejam de fato cidadãos.


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