terça-feira, 24 de agosto de 2010

Acerca das dicotomias: gestor ou administrador? o que estamos precisando?



    Diante da nova realidade social hoje passamos a perceber diferente a questão da gestão escolar. Enquanto que, antes, se fala em administração, hoje falamos com propriedade em gestão. Significa uma nova postura, um novo olhar sobre a organização e uma nova forma de ver a realidade à nossa volta. Agora falamos também de princípios participação, autonomia, autocontrole e responsabilidade.
    Nesse novo enfoque é fundamentação a noção de liderança educacional que é indispensável para um bom gestor. Simplicidade nos procedimentos; objetividade na comunicação e transparências nas decisões.
    É preciso entender que a escola tem um papel social. Não se pode esquecer isso. Ou seja, ela não está imune ao que está a sua volta, ou melhor, ela faz parte de tal realidade. Significa dize quer bem mais que um “técnico” formal para administrar. É necessário um gestor sensível à realidade interna e externa do espaço escolar.
    Ao falarmos em eficácia da escola temos que, verdadeiramente estar atentos para não estarmos praticando um mero reducionismo-praxista, ou seja, reduzindo tudo meramente a práxis. Não existe tal escola se sua gestão não for inovadora e atual.
Escola eficaz:
1. Aberta a comunidade;
2. Atualizada – prática pedagógica e atualização docente;
3. Em sintonia com a tecnologia;
4. Formação integral dos alunos
5. Está sempre disposta as atualizações do PPP em detrimento a realidade à sua volta;
6. Responde os desafios da gestão escolar.

    O Projeto Político Pedagógico da Escola é o termômetro que mede toda eficácia e os resultados da educação. Sempre no fim de ano é importante sentar com toda equipe e avaliar o PPP além de todo o processo educacional, bem como a gestão da escola. É um momento de reflexão.
    Não se dirige uma escola sozinho é preciso um equipe comprometida e disposta a quebrar velhos paradigmas, que percebam que hoje não há espaços para direção autocrática e sim colegiada, pautada em planejamentos e ações concretas comprometias com o sucesso dos alunos.

3 comentários:

  1. Mas gestão inovadora e atual, comprometida com a eficácia do processo, é realizada por personagens extremamente qualificados para isso. Não podemos exigir atualizações nas práticas pedagógicas, se os próprios gestores não conseguem intervir de forma "inteligente" na conduta diária dos professores, fala-se em sintonia com a tecnologia, como? Se há inúmeros gestores que mal sabem abrir um e-mail, quanto mais usar a tecnologia no contexto educacional.

    E PPP?? Ahhh, quem dera fosse uma realidade, a grande maioria são cópias e plágios, os próprios educadores nem sabem o que consta no projeto de sua escola, como poderão colocar em prática?

    Gestão democrática? Vocábulo bonito, mas não visto no atual contexto. O que vemos são pessoas confundindo autoritarismo com autoridade!

    Uma boa ideia seria avaliar os gestores de 2010. Por que a secretaria não faz uma prova, que logicamente não será eliminatória (infelizmente!), mas diagnóstica? Pois de fato vocês veriam quem está dirigindo nossas escolas no atual paradigma, muitos diretores colossais, super distantes da temática gestores do século XXI, e afirmo, com uma certeza tremenda, de quem olhou muito de perto, que são em sua maioria despreparados para exercer tal cargo! Questões discursivas acerca da LDB, PPP, Políticas públicas, PCNS's... Pegos de surpresa, aí vocês verão! Não questões de marcar X, mas discursivas, porque aí sim, conhecemos o potencial. Sabe por quê? Porque o Gestor deve ser o profissional mais capacitado de um estabelecimento educacional, conhecedor de tudo que envolve a educação... Fico indignada quando isso não acontece, porque o que vigora é o QI, até quando?

    Há formação continuada para professores, mas levanto a bandeira da formação continuada para gestores e supervisores!!

    Às vezes caímos na contradição: Exigir algo de quem não tem para nos dar!!

    GESTOR TEM QUE SER PREPARADO, e não ser babão e bonzinho!


    Kalina Oliveira
    Ex- gestora

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  2. Confesso que careço de mais esclarecimentos de sua fala professora. Particularmente tudo que falei no meu texto entendo. E antes de tudo, as coisas não acontecem de fora pra dentro e sim ao contrário, de dentro pra fora.
    Para realmente se capacitar não é preciso que a Instituição que eu atue me dê condições. Não posso esperar que comprem meus livros (por exemplo) ou que me banquem em um congresso ou coisa parecida. Bem, penso assim.
    Com relação a questão do gestor, falo todo o tempo que é preciso estar preparado. Hoje estou na função e nunca fui nem "bonzinho", muito menos "babão" (rsrsr)
    Ninguém me pediu para me especializar em gestão, mas senti a necessidade e fiz.
    Concordo com que a maioria dos gestores ( e não é só de Bayeux não) não estão preparados. Mas cabe à nós, que "supostamente" estamos insentivar que cada um busque esse aperfeiçoamento, que é algo além meramente da profissão, é algo ligado a própria existência.
    Quando você fala na dicotomia de autoritarismo x autoridade é um pouco perigoso esse discurso. Principalmente se agente generaliza. Temos experiências diversas aqui e das duas experiências.
    Obrigado pelos seus ricos comentários Kalina, um grande abraço e muito sucesso!

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  3. Boa Noite,

    Robertino, concordo com tudo que colocastes em seu texto, em gênero, número e grau. Admiro e muito seu trabalho, sei do seu potencial e de sua capacidade, e como sei, tiro meu chapéu para você e sua equipe, sem sombras de dúvidas. Estás mudando a educação de Bayeux, não há como não dar crédito a atual gestão.

    Rica contribuição: As coisas, de fato, as coisas acontecem de dentro para fora. Ou seja, eu preciso querer e muito, para fazer acontecer. A instituição, de forma alguma deve bancar o amadurecimento profissional, mas no meu ponto de vista, há cargos que exigem esta capacitação, e o que fazer?

    Fico pensando, no educação como um todo, não a de Bayeux apenas, mas de forma bem global, o que fazer com os gestores não capacitados para exercer tal cargo, mas que mesmo assim os ocupam?

    Confesso ser muito complexo... Por isso levanto a bandeira de eleições diretas, entretanto, vejo os possíveis riscos que nos acarretarão, mas até o momento não vejo uma outra saída!

    Quanto à dicotomia autoritarismo e autoridade, é uma linha muitíssimo tênue que separa as duas vertentes, tão tênue que às vezes ultrapassamos...

    Sei o quanto tens aprendido a frente da Secretaria, e é muito bom para nós que fazemos a educação e acreditamos nela. Porque é mais uma cabeça pensante! Tenho orgulho em dizer que a Secretária de Bayeux é Madalena, e o Adjunto é Robertino, por convicção de que trabalham com coerência e humildade, e o melhor de tudo, TRABALHAM.


    Sucesso em dobro*

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